Em tempos de franquias desgastadas e roteiros cada vez mais delirantes, F1 surge como um respiro acelerado de realismo, precisão técnica e respeito ao público. O novo filme estrelado por Brad Pitt entrega exatamente o que promete: um retrato vibrante e envolvente do universo da Fórmula 1, sem perder tempo com teorias conspiratórias ou tramas mirabolantes que desconectem o espectador da pista.
O mérito disso passa não só pela atuação carismática e equilibrada de Pitt, que interpreta um ex-piloto veterano voltando ao grid, mas também pelo roteiro que evita a tentação de transformar o personagem em um mito inalcançável. Há humanidade, há desgaste, há memória. E tudo isso pulsa com ainda mais força graças a um design de som absurdamente competente, que transforma cada curva, troca de marcha e frenagem em um acontecimento sensorial. É essencial ver esse filme nos cinemas, não só pelo impacto sonoro, mas pela imersão emocional que a tela grande proporciona.
Outro grande acerto de F1 é o uso de figuras reais do automobilismo, como Lewis Hamilton, que aparece no longa de forma elegante e contida. Em nenhum momento sua presença tenta “roubar a cena” ou soar como uma jogada publicitária. Pelo contrário: sua participação reforça o pé no chão do projeto, assim como a homenagem sutil e tocante a Ayrton Senna, feita com o cuidado que o ídolo brasileiro merece, uma referência que emociona sem cair no clichê.
No fim das contas, F1 é um filme que entende a velocidade, mas respeita o silêncio. Que sabe onde colocar emoção e onde frear o exagero. Um longa que prova que o realismo não precisa ser sinônimo de frieza, e que o entretenimento, quando bem dirigido, pode ser também uma experiência sensorial completa, algo que vai além da curva perfeita.
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