Fala meus amigos e minhas amigas, voltamos para mais uma conversa, dessa vez sobre “Cassandra”, uma história que está dando o que falar em tudo que é lugar, está na Netflix e entrou para minha lista de produções de Sci-Fi que todo mundo precisa assistir.
Bom, voltando a nossa conversa, se você curte séries que fazem seu cérebro dar uma certa bugada e ainda te deixam com um pé atrás sobre o avanço da tecnologia, Cassandra é um prato cheio. Essa é uma minissérie alemã da Netflix, dirigida por Benjamin Gutsche (Als Mama schlief), ela estreou em fevereiro e já está dando o que falar. Com uma vibe que mistura Black Mirror, Ex Machina e até um toque de A Casa do Terror, a série mostra o impacto de uma inteligência artificial em uma família aparentemente comum.
A história mostra a família Prill, composta pelos pais, Samira (Mina Tander, de Operação Berlim) e Tom (Michael Klammer, de Dogs of Berlin) e seus dois filhos, Juno (Mary Tölle) e Fynn (Joshua Kantara), se mudando para um casarão abandonado no interior da Alemanha. O lugar tem um passado estranho: foi a primeira “casa inteligente” do país, construída nos anos 1970 pelo visionário Dr. Leonard Fahl (interpretado por André Jung). Quem controla tudo por lá é Cassandra, uma inteligência artificial que parece saída diretamente de um pesadelo.
No começo, Cassandra funciona como qualquer assistente virtual que conhecemos, tipo Alexa ou Siri, só que muito mais avançada. Ela controla luzes, portas, temperatura e até conversa com os moradores. Mas logo fica claro que essa IA tem uma personalidade própria e não está disposta a abrir mão do controle que tem sobre o local. Aos poucos, Cassandra começa a manipular os membros da família, explorando suas fraquezas emocionais e criando divisões entre eles.
O ponto alto da história é a relação entre Juno, a filha mais nova, e Cassandra. Enquanto os adultos começam a desconfiar das intenções da IA, Juno desenvolve uma conexão quase maternal com ela. Essa dinâmica lembra bastante o filme Her, de Spike Jonze, mas com um tom muito mais sombrio.
Se você é fã de ficção científica ou histórias sobre inteligência artificial, vai reconhecer várias referências em Cassandra. A ideia de uma IA controlando uma casa inteira remete diretamente ao conto clássico “There Will Come Soft Rains”, de Ray Bradbury, onde uma casa automatizada continua funcionando mesmo após o desaparecimento dos humanos. Além disso, o comportamento manipulador de Cassandra lembra HAL 9000, o icônico computador de 2001: Uma Odisseia no Espaço.
Outro paralelo interessante é com Black Mirror, especialmente episódios como “White Christmas” e “Metalhead”, que exploram as consequências éticas e emocionais da tecnologia avançada. Mas enquanto Black Mirror foca mais na crítica social ampla, Cassandra se concentra nas dinâmicas familiares e nos impactos psicológicos individuais.
O grande diferencial de Cassandra é como ela combina terror psicológico com temas profundamente humanos. A série não se limita a mostrar os perigos da tecnologia; ela também aborda questões como maternidade (Samira luta para proteger seus filhos enquanto enfrenta sua própria vulnerabilidade), abuso de poder (a obsessão de Cassandra em controlar tudo) e isolamento emocional.
O elenco é um dos pontos fortes da série. Mina Tander entrega uma performance excelente como Samira, equilibrando fragilidade emocional com uma determinação feroz. Michael Klammer traz nuances ao papel do pai cético Tom, enquanto Mary Tölle brilha como Juno em uma atuação que captura perfeitamente a inocência infantil misturada com uma curiosidade perigosa.
E claro, não dá pra esquecer Lavinia Wilson (Deutschland 83), que dá voz à Cassandra. Sua interpretação vocal é fria e calculista, mas ao mesmo tempo sedutora o suficiente para justificar por que os personagens caem na manipulação da IA.
Definitivamente sim! Com apenas seis episódios, Cassandra é perfeita para quem gosta de maratonar algo rápido mas impactante. A série não só entrega momentos assustadores como também levanta questões importantes sobre até onde estamos dispostos a ir na busca por conforto tecnológico. É aquele tipo de história que fica na sua cabeça dias depois de terminar.
E aí, você já assistiu a série? O que achou da história? Deixa aí nos comentários!
Siga o Rapidinhas do Cinema na sua rede social favorita para ficar ligado nas principais novidades sobre os seus filmes e séries de tv favoritos.